Igual a todos os outros anos, 2020 começou cheio de expectativas, com planos renovados, sonhos definidos e metas traçadas. Porém, em pouco mais de dois meses, o otimismo deu lugar ao medo diante de um cenário nunca antes vivido. Em pouco tempo, todo mundo foi afetado por um vírus desconhecido, que não respeita cor, credo, classe ou gênero.

Se há pouco tempo éramos motivados pela esperança, hoje vivemos uma realidade de incertezas. Mas é ao passado que a gente recorre para mostrar que, mesmo em meio a um presente desafiador, existem oportunidades que nos fazem acreditar em um futuro melhor. Para inspirar sua marca a seguir em frente e ir mais longe, que tal conhecer a história de superação de 5 marcas que cresceram em momentos de crise?

Empreender em meio ao caos, crescer durante a crise, não tem a ver com o tamanho da empresa, mas com a capacidade de sair do comum, de enxergar oportunidades, de usar os desafios como molas ao invés de âncoras. Não se trata de apostar no “pior que tá, não fica”, mas de acreditar que existe ao menos uma possibilidade de fazer melhor.

As marcas que serão apresentadas a seguir são diferentes em nome, tamanho, origem, nicho, desafio e história de mudança, tendo em comum apenas a resiliência, a criatividade, a perseverança e a visão para se reinventarem.

A história de algumas marcas que cresceram em momentos de crise

Monopoly

Mais um exemplo que vem do segmento de brinquedos e mostra que com criatividade e inovação é possível virar o jogo. A Grande Depressão de 1929 destruiu a economia americana a ponto de não haver dinheiro no mercado comprar imóveis, terrenos ou investir nas fábricas. Foi quando desempregado, Charles B. Darrow criou um divertido jogo de tabuleiro no qual os jogadores podiam comprar imóveis, terrenos, indústrias e muito mais. O jogo ficou famoso entre a vizinhança, mas não empolgou os executivos da Parker Brothers quando foi apresentado. Persistente, Charles produziu por conta própria, e logo o Monopoly se popularizou em todo o país, sendo comprado tempos depois pela mesma empresa que o rejeitou. Conhecido no Brasil como “Banco Imobiliário”, ainda hoje é o jogo de tabuleiro mais vendido do mundo.

Fanta

A Coca-Cola foi outra empresa que se reinventou na crise. Ou melhor, inventou. Durante a Segunda Guerra Mundial, a empresa contava com uma fábrica na Alemanha, mas o xarope que dá origem à bebida sofreu uma sanção que proibia sua entrada no país. Ao invés de fechar a fábrica e aumentar ainda mais o desemprego que já dominava o país, a Coca-Cola inventou um novo refrigerante, feito com sobras de maçãs e leite. Foi assim que nasceu a Fanta, que só ganhou o popular sabor laranja em 1955, na Itália. Hoje, a bebida está presente em 188 países, com os mais diversos sabores e é a terceira marca mais vendida da Coca-Cola Company.

Localiza

Lá nos anos 70, com poucas opções de crédito, inflação e recessão, comprar um carro não era tão fácil quanto hoje. Com preço dos combustíveis em alta e uma grande crise de petróleo no Oriente Médio, quem compraria seis Fuscas, iniciaria uma frota e abriria uma locadora de carros? Alguém com visão de futuro e coragem para inovar, como o Sr. José Salim Mattar. Foi assim que nasceu a Localiza, uma empresa genuinamente brasileira que hoje é a maior locadora de automóveis de América Latina, com uma frota gigante, moderna e diversificada, que está presente em 372 cidades de 9 países.

Apple

A criatividade, o talento e a inovação para superar a crise podem ser muito bem representadas no caso da Apple, que foi de uma empresa praticamente quebrada a uma das marcas mais valiosas do mundo em menos de 20 anos. Após uma série de produtos fracassados e a saída de Steve Jobs, a marca da maçã quase faliu, mas sua essência foi resgatada junto com o retorno do CEO e suas ideias que priorizavam beleza, design e experiência do usuário. Em uma sequência de lançamentos que trouxe ao mundo uma revolução chamada iPod e um fenômeno chamado iPhone, responsável por 50% das vendas da empresa, a Apple não só cresceu, como se tornou sinônimo de inovação, sendo avaliado hoje em mais de US$ 1 trilhão.

Marvel 

A Marvel, criadora de um time de heróis que hoje rende centenas de milhões de dólares, foi outra marca que chegou a pedir falência em 1996, com a queda significativa das vendas de quadrinhos. Quem salvou a empresa das dívidas e da aniquilação foram seus super heróis, o Homem-Aranha e os X-Men. Isso porque sem saída e com destino quase certo, a empresa vendeu os direitos dessas franquias para grandes estúdios de Hollywood, como última alternativa de se salvar. Deu tão certo, que hoje o mundo inteiro conhece e cultua heróis que até então eram pouco conhecidos, como Homem de Ferro, Guardiões da Galáxia e outros. Se não fossem os executivos valorizarem o que tinham em mãos e encontrarem uma maneira de sair da crise, talvez o mundo não conhecesse o Universo Marvel, que agora pertence à Disney.

A crise pode acontecer de várias formas e por diversos motivos. Mundial, continental, nacional ou regional, pode atingir qualquer marca. E para superá-la, o segredo é justamente não pensar como qualquer marca. As dificuldades sempre vão existir, o desafio é enxergar as oportunidades por trás delas. Melhor do que apenas se adaptar para sobreviver, é mudar para surpreender. Então, que tal se reinventar para evoluir?

Para inspirar sua comunicação com boas ideias ou para descobrir como transformar crise em crescimento com criatividade, conte com quem dá o woopgrade que sua marca precisa e leva ela mais longe.

Sobre o autor

Jean Pierre Boos

Publicitário nostálgico contemporâneo, pai de gato e usuário de all star. Otimista incorrigível, se dedica a entender coisas que um dia saberá, talvez.